Investimentos

Bolsa de Valores: como investir com pouco dinheiro em 2021

O ser humano possui a capacidade extremamente singular de transformar uma matéria bruta em novos elementos. A chamada Stock Exchange (ou apenas Bolsa de Valores) é mais uma dessas invenções.

É um mercado amplo que, assim como outros, oferece opções variadas de investimentos, dando a opção do acionista escolher seru perfil ideial.

Logo abaixo você poderá conferir todos os segredos que farão você iniciar no mundo dos investimentos com pouco dinheiro em 2021:

Defina metas e objetivos

Antes de começar a investir seu dinheiro é importante que você conheça bem o mercado financeiro. Defina quais são suas metas e o que espera alcançar ao investir.

Além disto, precisa saber quanto dinheiro você tem disponível para aplicar em seus investimentos. O ideal é que, caso tenha condições, busque um especialista na área.

Ao definir seus objetivos, deve se perguntar: por que estou investindo? Quanto espero ter de lucro? Que tipo de investidor espero ser?

Identifique qual é o seu perfil como investidor

Sabe aquele verbo provérbio grego “Conheça te a ti mesmo”?

Atualmente, temos quase 2,5 milhões de brasileiros realizando investimentos na bolsa de valores. É um número bastante significativo, representando quase 1% de toda população brasileira.

Geralmente, o perfil médio dessas pessoas é bastante conservador, se arriscando em operações que sejam mais seguras e de lucro garantido.

Entretanto, existem outros perfis que talvez você possa aderir.

Além dos conservadores, existem os moderados e os chamados “arrojados”. O importante é ser fiel a você mesmo e respeitar suas próprias características. 

Faça um planejamento financeiro adequado

Após traçar seu perfil e descobrir seu investidor interno, a próxima etapa é se planejar financeiramente.

Ter o controle sobre seu próprio dinheiro e saber como aplicá-lo faz toda a diferença em qualquer aspecto da vida humana. Porém, se tratando de investimentos, o planejamento é essencial.

Ao organizar seu dinheiro, saberá exatamente quanto pode retirar do seu salário ou dos lucros do seu negócio.

Imagine que você seja um dono de uma pequena empresa e, em um determinado mês, decide investir parte considerável do capital de giro. Estará se expondo a um grande risco e, se ao final você não conseguir o retorno, colocará seu negócio em perigo.

É algo simples, mas crucial. Saber quanto dinheiro pode ser retirado e de onde retirá-lo definirá o seu futuro nos investimentos.

Escolha da corretora de investimentos

Planejamento concluído, passemos à escolha da sua corretora.

Ela será seu passaporte, o meio de alcançar verdadeiramente o mercado financeiro. Quando quiser negociar, a corretora será sua interlocutora. 

Ao contratar um serviço é sempre bom conferir os antecedentes e buscar por outras pessoas que já a utilizaram o serviço da empresa. De toda maneira, analise os prós e contras dentro de sua realidade e decida o que será melhor para você.

Outros aspectos como a segurança, credibilidade no mercado, custos e acessibilidade da plataforma para investir (chamado Home Broker) também são decisivos.

Abra sua conta em uma corretora de valores

Há inúmeras corretoras que você pode selecionar, de acordo com os parâmetros supracitados.

Para exemplificar, algumas delas são:

Caso se interesse por alguma das corretoras acima, basta clicar no link e será direcionado ao site das mesmas. Lá, você provavelmente verá uma opção “Abra sua conta” em algum lugar da tela. E pronto. Basta preencher seus dados cadastrais exatamente como é pedido, e sua conta será feita.

Creio que a tarefa que exige mais atenção é encontrar a corretora ideal. Não se deixe iludir pelas promessas bonitas e plataformas perfeitas. O olhar crítico é fundamental.

Escolha as ações corretas

O próximo passo é escolher as ações de quais empresas que deseja investir. Em síntese, duas categorias de ações – as ordinárias e as preferenciais.

É agora que os passos citados no início desta matéria mostram seu caráter fundamental.

A escolha de boas ações precisa atender alguns pré-requisitos. O primeiro é que suas ações devem estar ligadas diretamente ao seu perfil e aos seus objetivos. Se você tem um perfil conservador, não adianta querer se arriscar em ações de alto risco.

Utilize a ferramenta de Home Broker

O Home Broker surgiu para facilitar o mercado de capitais – é basicamente uma plataforma para os negociantes de ações. Independente se você quiser comprar ou vender, ela atenderá suas necessidades.

As corretoras, em sua maioria, utilizam o Home Broker. Ele se diferencia por oferecer comodidade ao negociante,que  pode estar em casa, no trabalho ou no parque.

Além disso, é extremamente dinâmica, confere segurança e confiança ao indivíduo.

Mas, lembre-se  que o uso do Home Broker não dispensa a necessidade de um profissional da área oferecer orientação.

Acompanhe os investimentos e as movimentações do mercado

Além das plataformas de Home Broker, hoje encontramos sites e aplicativos cuja tarefa específica é acompanhar os mercados e noticiar os fatos mais relevantes que podem interferir no preço das ações. 

Eles fazem todo o trabalho difícil por você, que é reunir as informações úteis, e você terá apenas que acompanhar essas informações.

Por que uma crise interfere nas ações?

Devido à expectativa relacionada àquele bem.

Se um país entra em crise, por exemplo, a expectativa de desenvolvimento e lucratividade sobre as empresas cai, e com isso, diminui o preço das ações.

Um exemplo simples foi a crise de 1929, em que o mercado entrou em crise e os valores das ações atingiram níveis baixíssimos, levando milhares a falência.

Maneiras para investir na bolsa sem investimento

Se ainda está com medo de investir seu dinheiro, têm algumas opções que pode seguir.

A primeira delas é procurar empresas que vão te emprestar capital para investimento inicial. Assim, você não arrisca o seu dinheiro diretamente. 

Entretanto, para fazer isso precisa conhecer o mercado, saber como investir, respeitar seu perfil e ter escolhido as ações corretas. Caso contrário, estará exposto ao risco de não conseguir lucrar e, pior ainda, ficar em débito com a empresa.

Se essa alternativa não lhe agrada, existe outra possibilidade – os fundos de ações

Fundo de ações

Os fundos de ações são uma alternativa para pessoas mais audaciosas. Para aqueles que não tem medo de investir e querem retorno a médio e longo prazo. 

Com eles você não comprará diretamente, mas se unirá a outros investidores para uma mesma ação. A junção de vários investidores será orientada por um gestor profissional, que é quem faz todas as movimentações financeiras.

A atuação do gestor é orientada seguindo dois caminhos – um ativo e outro passivo. O ativo vai exigir que ele crie estratégias – e por isto, pode sair mais caro para o investidor.

A atenção aos fundos de ações é que elas cobram taxas para as aplicações. Às duas mais famosas são as taxas de administração e as taxas de performance. Além das taxas, há também alguns impostos – é o caso do Imposto de Renda e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Outros pontos também merecem destaque, por exemplo, o Benchmark. É uma ótima possibilidade, assim como os investimentos diretos, em que a escolha entre um dos dois vai depender do perfil do investidor.

ETFs

As Exchange Traded Funds (fundos de índice ou apenas ETFs) é um  investimento que tem ganhado bastante espaço no mercado e entre os investidores.

É um fundo de ações – isto é, um conjunto de investidores aplicarão na mesma ação. Mas o que a distingue dos demais fundos?

Esse  fundo utiliza um referencial – um modelo comparativo que o gestor profissional usará de modo que ao final ambos estejam semelhantes. 

Ao se tratar de Brasil, os fundos variáveis são o subgrupo mais comum dentro dos ETFs.

O grande atrativo é que eles conferem uma certa segurança aos investidores e seu gestor. Isto porque ao utilizar um referencial o resultado esperado é sempre aquele do modelo, evitando grandes surpresas.

Diferente dos demais fundos de ações, no ETF a taxa de administração será paga diretamente ao gestor.

Outro diferencial do ETF é que a gestão dele será sempre passiva. O gestor apenas se dedicará a deixar a aplicação semelhante ao modelo.

Mercado Fracionário

Se o seu perfil é de um investidor arrojado e você tem pouco capital para investir, o mercado fracionário é a escolha perfeita para você. E o que seria esse mercado?

Como o próprio nome sugere, é um mercado em frações, em partes. Nos mercados comuns,  será necessário um lote mínimo para comprar ações – 100 ações.

Já no mercado fracionário não há lote mínimo, pois você compra quantos quiser. Por isso, esse mercado é ideal para pessoas com pouco capital e que pretende conquistar uma renda extra.

Um ponto-chave desse mercado é a diversidade que ele permite. Com ele, poderá investir em várias categorias de ações diferentes, já que não ficará preso a um lote mínimo.

Da mesma maneira, precisará buscar uma corretora de valores e abrir uma conta.

Então ele é só benefícios?

Tenha cautela! Nesse mercado pode ser mais difícil vender suas ações, devido a sua menor liquidez.

Com isso, a variedade de empresas atuando e o volume de vendas são menores, se comparado ao mercado comum. Não quer dizer que não irá vender, apenas que precisará de mais tempo e se contentar com lucros menores.

Operações com opções

Um último mercado que não poderia ficar de fora é o mercado de opções.

Deixei ele por último porque é mais indicado para investidores mais experientes e querem diversificar seus investimentos.

Nesse mercado irá trabalhar com contratos. É negociar o direito de comprar e vender ações, tudo dentro de um certo período.

Ele se difere por conferir maior segurança contra as oscilações mercadológicas. Nesse mercado, você negociará uma ação para o futuro, mas mantendo seu valor de hoje, por isso a estabilidade.

Alguns termos técnicos próprios desse mercado merecem esclarecimento:

  • Data de vencimento: é o dia em que o contrato vence. Ou seja, a partir daquela data, o indivíduo perde o direito de negociar as ações com o preço atual;
  • Strike: o preço que foi definido para a negociação;
  • Put: o vendedor tem a opção de vende, mas o comprador é obrigado a comprar;
  • Call: a situação inverte – o vendedor é obrigado a vender e o comprador tem o direito de comprar.

 De posse de todas essas informações tenho certeza que conseguirá entrar no mundo dos investimentos em 2021 e dar um novo rumo aos seus negócios.

Lucas Gercel

Recent Posts

IGP-M: o que é, como funciona e importância para o mercado

Você sabe o que é IGP-M e para que ele serve? IGP-M é um dos…

1 ano ago

Tesouro IPCA: o que é, rentabilidade e como investir

Você quer aplicar, mas não sabe qual a melhor opção de investimento para você?  Talvez…

1 ano ago

Como investir em LCI e LCA – Confira na prática!

Está precisando diversificar a carteira? Investir em LCI e LCA pode ser uma boa forma…

1 ano ago

Ibovespa: o que é, composição e como operar o índice na B3

Certamente, você já ouviu em algum jornal sobre a alta ou queda do Ibovespa e…

1 ano ago

CDB: significado, como funciona e rentabilidade

Você sabia que o CDB pode ser uma boa alternativa de aplicação para o seu…

1 ano ago

Sanções da LGPD: qual a importância na manutenção da privacidade dos usuários?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma legislação brasileira que visa proteger…

1 ano ago

This website uses cookies.